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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO

E...
Cada dia brotam flores
Cada dia é Novo Ano
Cada dia é cada noite
Cada dia desce o pano!
E enquanto o pano desce
Brindemos com energia
Aos amores e amizades
Parte da nossa alegria!
UM FELIZ ANO!
Manuela Barroso

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

PALAVRAS

Sobe o tempo na ampulheta da vida
Cai o pó esférico
Gota a gota
Numa calma
Desmedida.
E as palavras sobram
Em estáticos sentimentos
Procurando à deriva
Dar forma ao pensamento.

Entrelaçadas nos olhos
São a luz e são a cor
Entrelaçadas nas maõs
São presença e vida
Amor
Entrelaçadas nos sons
São música na poesia
...E na ausência de laços
Eis a porta que se fecha
Dentro de uma casa vazia!

m. barroso

Dez,2010

FELIZ 2011



quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

MÃE

Mãe!
Ah, mãe como me dói o que te doeste
Quando te chamei para me nasceres...
Para respirar a vida te esqueceste
Mas...
Quero renascer sempre que puderes!

És a vida em mim
Código precioso
Divino.
Receptáculo,
Corola de marfim.

Amor cruzado de ventos
Terna presença de mim
Deixa-me sonhar por momentos
Que me guardas no teu seio
Onde sinto o teu enleio
E guarda-me outra vez assim...
...Assim!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

NEVE E FRIO


Branco e frio.

A água dança agora no céu metálico, arrastando o seu vestido branco pelo chão das árvores num noivado colectivo. Ora envoltas em longos mantos cuspindo reflexos de cristais, ora cingidas em flocos deixando antecipar formas concupiscentes em vestidos longitudianis...
E nesta serenidade branca, todas as oscilações da Natureza são aceites com a mesma brandura.
Dançam com o vento, choram com a chuva, e abrem os braços com o sol...
E tu? E eu?
Nós somos um capricho!
Somos o frio, o calor, o mau humor...
Não sabemos sorrir para a vida, mesmo quando o sol fica no limite do nosso olhar...
Quando a noite se deita gélida no teu corpo que não aquece.
Quando os pés entorpecidos esquecem que o frio não visita só as mãos pensantes e a alma em silêncio...porque tu és um todo como o todo das partículas da neve!
E ignoras o calor que nasce dentro de ti e que é a fogueira que te aquece e te prepara para esta hibernação contrariada...
...E o frio torna-se mais frio, quando ficas frio...
...Porque o frio também é calor, a neve também é quente quando a tua mão toca na minha e fala... ...
Quando os dedos se entrelaçam numa linguagem terna como os laços dos flocos nos braços da madrugada!
...Quando os olhos fecham as cortinas e imaginam a música crepitante de uma lareira, na companhia dos reflexos aconchegantes e envolventes que se encostam timidamente ao teu peito...
...Quando ouves o suave toque do algodão aquoso na tua vidraça e sabes que não é o teu coração...
...Quando ficas "encolhidinho" à espera da incerteza ou do uivo do vento e sentes o cobertor mole que te aconchega como os braços da lua...
...Quando ficas a saborear o tempo do tempo que faz...
...E o Branco da Neve, pode ser o branco das manhãs de março, quando esperas a Primavera.
...E aceitas que o frio pode ser calor...porque nem sempre o calor é quente, com sabor a mãe!
...E aceitas que a neve é calor, não aceitando o frio da alma.
Prisão e liberdade...
São faces de amor que nem sempre tem a mesma face...

...E chama-se amor!